18 de ago. de 2013

Desvalorização do Jiu-Jitsu é criticada por Saulo: ‘Falta vergonha na cara’


Saulo tem boas recordações do Tijuca Tênis Clube (Foto Eduardo Ferreira)

Pentacampeão mundial de Jiu-Jitsu, Saulo Ribeiro é um dos grandes nomes da história do esporte. No auge de sua carreira, o lutador fez seu nome quando o maior campeonato da arte suave ainda era disputado no Brasil, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. O Mundial foi para os Estados Unidos, mas a mística do ginásio permanece.

“O Tijuca é como se fosse a La Bombonera, a gente fica perto da área de luta. O ginásio é fechado, tem pombo voando (risos) e tem toda uma história. Quem viveu isso desde o começo sabe o que estou falando. Quando a gente vai para os Estados Unidos não sentimos essa vibração, essa alegria. Sinto que o pessoal está carente e triste de não ter algum campeonato aqui com nível internacional. Não vemos mais ninguém da elite lutando aqui. Isso é triste”, disse, em entrevista à TATAME.

E com tanta história no pano e no famoso palco, o líder da Ribeiro Jiu-Jitsu fez questão de mencionar suas principais recordações do ginásio.

“Foram muitos combates, contra gente boa demais, como o Fábio Gurgel, Roleta, Murilo Bustamante. Tenho mais de 70 lutas só de preta no Tijuca. Sempre lembro de quando me machuquei em 99, contra o Givanildo, de quando em aposentei, em uma luta contra o Roger (Gracie) e passei minha faixa para ele. Outro momento foi quando perdi a minha invencibilidade diante do Margarida”, afirmou.

Questionado sobre o que falta para o Brasil voltar a ser sede de um grande evento da arte suave, Saulo não teve papas na língua. “Falta vergonha na cara de todo mundo. Isso que falta. Em todos os níveis. Da organização, imprensa, lutador, treinador, patrocinadores”, justificou.


Por: TATAME
www.tatame.com.br/desvalorizacao-do-jiu-jitsu-e-criticada-por-saulo-falta-vergonha-na-cara/

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